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Literatura e Resistencia em Timor-Leste: Identidade e Travessias da Lingua Portuguesa na Cronica de Luis Cardoso
Date Issued
2019
Author(s)
Carvalho, Joao Pedro de Gois Ribeiro de
Abstract
O português foi a língua veicular da Resistência Timorense durante a ocupação indonésia (1975-1999), período em que era proibido o uso da língua portuguesa. Foi também em português que o timorense Luís Cardoso publicou o primeiro dos seus romances – Crónica de uma Travessia
– A Época do Ai-Dik-Funam (1997) –, o que pode também constituir uma forma de resistência. No título deste romance são definidos dois eixos que se pretendeu tomar como orientadores do presente estudo:
- Apresenta-se como uma crónica, o que desde logo apela a um relato de acontecimentos segundo uma ordem cronológica, recuperando a tradição oral;
- Foca-se numa travessia, o que nos remete para a ideia de deslocação, adivinhando-se um narrador migrante, enquanto metáfora da diáspora de um povo e da transição do próprio país.
Ao longo dessas travessias vai sendo tecida a memória colectiva do país e registado o papel da língua portuguesa como veículo de resistência e elemento incontornável na construção da identidade nacional.
Portuguese was the vehicular language of the East Timorese Resistance during Indonesian occupation (1975-1999), but under this period the use of Portuguese language was forbidden. It was also in Portuguese that the Timorese Luís Cardoso has published his first novel – The Crossing - a story of East Timor (1997) – which may constitute a form of resistance too.
The title of this novel defines two axes which we intend to take as guidelines of the current study: - It is presented as a chronicle, which relates to a report of events in a chronological order, recovering the oral tradition: - It focuses on a crossing, which brings up the idea of displacement, regarding a migrant narrator, as a metaphor for the diaspora of a people as well as for the transition of its country.
Throughout these crossings the collective memory of the country is woven and the role of the Portuguese language is recorded as a vehicle of resistance and an essential element to build up national identity.
– A Época do Ai-Dik-Funam (1997) –, o que pode também constituir uma forma de resistência. No título deste romance são definidos dois eixos que se pretendeu tomar como orientadores do presente estudo:
- Apresenta-se como uma crónica, o que desde logo apela a um relato de acontecimentos segundo uma ordem cronológica, recuperando a tradição oral;
- Foca-se numa travessia, o que nos remete para a ideia de deslocação, adivinhando-se um narrador migrante, enquanto metáfora da diáspora de um povo e da transição do próprio país.
Ao longo dessas travessias vai sendo tecida a memória colectiva do país e registado o papel da língua portuguesa como veículo de resistência e elemento incontornável na construção da identidade nacional.
Portuguese was the vehicular language of the East Timorese Resistance during Indonesian occupation (1975-1999), but under this period the use of Portuguese language was forbidden. It was also in Portuguese that the Timorese Luís Cardoso has published his first novel – The Crossing - a story of East Timor (1997) – which may constitute a form of resistance too.
The title of this novel defines two axes which we intend to take as guidelines of the current study: - It is presented as a chronicle, which relates to a report of events in a chronological order, recovering the oral tradition: - It focuses on a crossing, which brings up the idea of displacement, regarding a migrant narrator, as a metaphor for the diaspora of a people as well as for the transition of its country.
Throughout these crossings the collective memory of the country is woven and the role of the Portuguese language is recorded as a vehicle of resistance and an essential element to build up national identity.
File(s)
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Name
M-LLS 2019 CAR,JOA.pdf
Size
790.07 KB
Format
Adobe PDF
Checksum
(MD5):238f0aac17ce4f3e93f19db79a96f138